B-Learning: o melhor de dois mundos
A evolução da pandemia de covid-19 e sobretudo o conhecimento que hoje temos quer do vírus, quer da doença permitiu-nos sair de uma situação de confinamento para um processo de retoma gradual de comportamentos, hábitos e atividades do dia-a-dia, embora ainda com algum recato social e mobilidade limitada.
Neste contexto, o b-learning (Blended Learning) ganha uma notoriedade e pertinência acrescidas. As precauções que ainda devemos observar na atual crise sanitária tornam o b-learning particularmente sedutor tanto para os formandos como para os formadores, dado que se trata de um modelo de ensino que combina componentes de formação remota (através de tecnologias digitais) com formação presencial.
Ou seja, o b-learning permite mais facilmente manter o distanciamento físico e reduzir contactos pessoais sem que se perca a relação direta, presencial, entre formador e formando, que é decisiva para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem. Por isso, o b-learning constitui uma tendência formativa muito em voga nos países mais evoluídos.
Mas esqueçamos a pandemia. O b-learning é, independentemente da situação conjuntural, um modelo de formação com amplos méritos e bastante adaptável ao modo de vida contemporâneo. Isto porque reúne o melhor do ensino à distância (baixo custo, ausência de limitações geográficas ou espaciais, públicos mais vastos, flexibilidade de horários, acesso a conteúdos multimédia, recurso a ferramentas tecnológicas, etc.) e o melhor do ensino presencial: a interação física entre formador e formando.
Importa atentar neste último ponto, pois comprovadamente a presença física de um formador enriquece a ação de formação. A empatia, o diálogo, a entreajuda, a dinâmica e as sinergias que se estabelecem numa sala de aula favorecem superlativamente o processo de ensino-aprendizagem. O formando beneficia de um acompanhamento técnico e de uma orientação pedagógica que à distância são mais difíceis de pôr em prática.
O b-learning é, de resto, a modalidade formativa que está a ser utilizada nas universidades e politécnicos portugueses como forma de contornar os constrangimentos impostos pela pandemia, sem beliscar a qualidade do ensino e o sucesso escolar dos estudantes.
Também a ANJE tem já uma oferta de formações em b-learning, conscientes que estamos das vantagens desta modalidade de ensino. A nossa Associação espera, aliás, reforçar os seus programas formativos em b-learning, não tanto por causa da pandemia mas, sim, para preparar um futuro que, acreditamos, será de complementaridade entre o ambiente digital e a sala de formação tradicional.