Modelo Disc e a autoliderança em tempos de Pandemia
Numa altura de rápidas mudanças impostas pelo surto de Covid 19, os trabalhadores têm hoje o grande desafio de serem líderes no seu posto de trabalho, equilibrando a vida familiar e profissional.
Trabalhador “D”
Segundo o modelo DISC, estes são aqueles colaboradores que se focam em enfrentar desafios e resolver problemas, muito orientados para os objetivos e para as tarefas necessárias para os alcançar. Normalmente mostram-se firmes, enérgicos, decisivos, rápidos, corajosos, arriscados e determinados.
Necessitam de liberdade de movimento, visão de futuro, pouca supervisão, ter claro quais os objetivos e autonomia para decidir como alcançá-los, que lhes falem de forma direta e franca. Gostam de ser valorizados pelos seus resultados.
Ficam desmotivados com supervisão e controlo excessivos, com extensas comunicações e desvios, com a sensação de perda de tempo, com a pressão dos processos ou com uma chefia autoritária.
Trabalhador “I”
Concentram-se na interação, comunicação e influência, são muito orientados a alcançar objetivos por meio de relacionamentos interpessoais. Mostram-se comunicativos, persuasivos, convincentes, seguros, amistosos, otimistas e felizes.
Necessitam interagir, comunicar, socializar, inovar, liberdade de ação, entusiasmo pelo futuro, apreço pelo seu modo de ser, cuidam da imagem.
Ficam desmotivados com a falta de comunicação, não poder expressar as suas opiniões, excessiva atenção aos detalhes, tarefas rotineiras, excesso de formalismo ou uma chefia distante.
Trabalhador “S”
De acordo com o modelo DISC, são os trabalhadores focados na serenidade, em manter um ambiente estável e previsível, evitam mudanças no ambiente e nos ritmos, são trabalhadores orientados aos processos e às pessoas neles envolvidas. Mostram-se tranquilos, pacientes, previsíveis, amigáveis, sistemáticos. Às vezes, são resistentes à mudança se não entenderem os motivos.
Necessitam sentir-se seguros, confiar num líder e num projeto, formar parte de uma equipa, feedback frequente, uma chefia próxima.
O modelo DISC realça que são trabalhadores que também ficam desmotivados com mudanças não estruturadas e fundamentadas, falta de coesão da equipa, falta de processos bem definidos, ritmo excessivamente rápido ou chefe disperso com frequentes mudanças de opinião.
Trabalhador “C”
São os que adoram regras e procedimentos. Baseiam-se em dados, provas e evidências. Procuram a qualidade no trabalho. São perfis orientados para o processo e as tarefas que o compõem. Mostram-se distantes, mas cordiais, firmes, calmos, analíticos, lógicos e reflexivos. Muito perfecionistas, cumprem com as normas.
O modelo DISC caracteriza estes colaboradores como indivíduos que precisam de ter clareza sobre o que é esperado deles, argumentam com base em precedentes ou dados objetivos, altos padrões de qualidade, procedimentos perfeitamente definidos.
Ficam desmotivados com mensagens vagas ou pouco claras, não conformidade com diretrizes pré-estabelecidas, conversas fora do contexto profissional ou emocionalmente